segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Treino Aberto Equipe Adriano Dutra de Jeet Kune Do

 Seguem abaixo as fotos da Equipe Adriano Dutra de Jeet Kune Do de Colatina ES em treino aberto na praça Sol Poente em Colatina ES conduzido por Gabriel Passos.

Clique para ver as fotos no Picasa 
 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jeet Kune Do: O Método de Bruce Lee






De autoria de Fernano Matsunaga(http://www.jkd.com.br/representante/680) o livro acima que adquiri através do mercado livre é um publicação muito boa para quem pretende se iniciar na prática do Jeet Kune. O Livro é bem ilustrado e traz resumidamente alguns conceitos e técnicasa do JKD e também é vendido ao um preço bem acessível em algumas lojas on line pelo preço aproximado de R$ 10,00.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Responsabilidade do combate

Retirado do “O caminho do Ronin: guia de treinamento para defesa pessoal moderna”, de Kevin Secours, 2004


Capítulo 1 – Responsabilidade do Combate
“O guerreiro se posicionou na clareira, onde o ondulante mar de grama encontrava o cinturão flamejante de nuvens no novo horizonte. Ele sacou sua lamina com perfeição, cortando o ar com um assobio, seus olhos fixos, o ar penetrando calmamente no profundo âmago de seu corpo. Com uma súbita energia, ele se precipitou a frente, golpeando com destreza o ar em uma sucessão feroz, cada golpe uma expressão completa de suas habilidades. Como uma onda do oceano, sua lamina levantava e caia, progressivamente, sem malícia ou dúvida. A resolução de sua vontade parecia parar com o próprio zumbido da natureza que estava ao seu redor. Então, com a consciência de volta a ele, embainhou sua espada cuidadosamente de volta a bainha e vagarosamente ajoelhou-se na grama alta, agradecido pelo alvorecer que estava diante dele.”
O combate é a essencia de toda a vida. Todos os dias de nossa existência nós lutamos para sobreviver. Nós travamos batalhas contra o stress, idade, fadiga e desejos. Nós trabalhamos para providenciar abrigo, comida e conforto. Nós competimos em nossos estudos, no trabalho e mesmo nas nossas atividades de lazer. Como indivíduos, nós estamos constantemente nos esforçando para ir para frente e para achar segurança e um significado em nossa existência no planeta. É por isso que digo que nascemos para sermos guerreiros.
Essas batalhas, pela sua natureza são imprevisíveis, um pano flutuante tecido parcialmente pelas nossas intenções, parcialmente pela resistência e intenções daqueles que se opõem a nós, temperado com medo, perdas e dor, e finalmente vetado e forjado pelo capricho da Mãe Natureza. No combate, assim como na vida, simplesmente não existem garantias, soluções definitivas, nem certezas absolutas. Ao contrário do que muitos marqueteiros tentam nos fazer crer, nenhum estilo, técnica, ou abordagem pode assegurar a ninguém a supremacia no campo de batalha, ou na sala de reuniões, não importa qual seja o desafio. Se algum estilo assim existisse, seria fácil de achá-lo – seria o estilo usado pelos guardas do imperador do universo e ele neutralizaria qualquer um que lutasse contra ele, mas acredito que todos nós podemos seguramente concordar que tal supremacia não existe. Existe porém uma coisa em comum em qualquer luta, uma certa verdade que pode ser encontrada em qualquer conflito ou contenda não importa aonde ela é travada: a que a violência, pela sua natureza, é imprevisível.
Através das eras, as tradições guerreiras vêm tendo uma variedade inebriante de abordagens para a prontidão de combate. Alguns tentaram ritualizar a violência para algo mais controlável, algo mais seguro, quase sempre com uma armação que fundia religião, preocupações estéticas ou valores culturais com sobrevivência. No seu livro ganhador de um Premio Pulitzer, “Armas, Germes e Aço”, o autor Jared Diamond, estudou a importância essencial da adaptabilidade para mudar e inovar no nível cultural. Um exemplo que ele deu foi o do Japão que se recusou a usar armas de fogo. Em 1543, dois aventureiros portugueses armados com rifles primitivos, trouxeram essa nova tecnologia para o Japão. Os japoneses ficaram tão entusiasmados com a arma que começaram a fabricar suas próprias armas imediatamente e em 1600 eles tinham melhorado tanto essa tecnologia, que passaram a ter armas melhores e em mais quantidade que qualquer outro país do mundo. Pense nisso por um momento. O grande interesse do país em guerras originou-se da sua poderosa sociedade de classes guerreiras, os samurais. O problema era que na base do modo de vida samurai, estava a espada. Mais do que somente uma arma, a espada japonesa mantinha um poderoso valor na distinção de classes e era um símbolo do espírito nacional japonês e sua força. Diamond escreve:
"As batalhas japonesas tinham previamente envolvido combates individuais entre espadachins samurais, que se posicionavam em campo aberto, faziam discursos rituais, e só então tomavam orgulhosos em graciosos combates. Esse comportamento se tornava letal na presença de soldados-camponeses disparando sem classe nenhuma com suas armas. Ainda mais, armas eram uma invenção estrangeira e crescia o desprezo à elas como a outras coisas estrangeiras no Japão após 1600.”
Foi assim que o governo interviu para restringir e eventualmente eliminar a produção de armas. Incrivelmente, essa proibição durou por 200 anos! Dado o isolamento geográfico do Japão, eles foram capazes de aderir a uma estrutura social e combativa antiquada, enquanto o resto do mundo, forjava corajosamente afrente a melhoria das armas de fogo. Esse decreto ideológico foi primeiramente esmagado pela realidade do mundo em 1853, quando o Comodoro Perry, liderando uma poderosa armada americana, “convenceu” o Japão da necessidade de retomar a produção de armas se eles quisessem permanecer competitivos com as forças estrangeiras que já não poderiam ser seguradas na baía.
A História está cheia de exemplos do absoluto poder da adaptabilidade. Eurásia, durante a Idade Média é um exemplo oposto do fenômeno que acometeu o Japão durante o século XVII. Ali, os eruditos islâmicos beneficiados pela sua geografia, abraçavam as inovações vindas da Índia e China, que estavam prontas para eles. Além disso, eles herdaram o antigo conhecimento grego ao ponto de muitas das obras-primas gregas hoje conhecidas só se tornaram conhecidas através de cópias arábicas. Como escreve Diamond, enquanto a Europa se atrapalhava na Idade das Trevas, as sociedades Islâmicas no Oriente Médio faziam inovações com tecnologias de moinhos, criavam a trigonometria, faziam avanços na metalurgia e engenharia química, criavam métodos de irrigação. Eles adotaram o papel e a pólvora e continuaram em primeiro plano em avanços tecnológicos até meados de 1500, quando uma mudança na ideologia combinada com novas forças culturais causou uma grande mudança nessa maré.
Estes dois simples exemplos com finais opostos do espectro provam um simples fato: inovação e adaptabilidade são a essência para a sobrevivência. Novas tecnologias e conhecimento devem ser constantemente absorvidos, integradas e mantidas para prosperar. Por essa razão, muitos sistemas modernos de defesa-pessoal se desviaram das artes marciais tradicionais, criando híbridos que incorporaram as últimas estratégias combativas, avanços psicológicos, biomecânica, desempenho esportivo e uma multidão de outros fatores. Eles entenderam que o mundo está sob constante mudança. Como disse Heráclito: “você não pode pisar no mesmo rio duas vezes”. O Universo flui constantemente.
Exercício 1 – Siga o fluxo:
  • Imagine qualquer situação de defesa-pessoal. Quanto mais simples melhor. Algo básico como um empurrão ou uma pegada de pulso.visualize você resolvendo essa situação em todos os detalhes. Uma vez que voce tenha concluído a situação, reveja mentalmente a situação novamente. Perceba que mesmo nas suas próprias visualizações, enquanto se torna mais familiar com a sua situação, voce adiciona detalhes, embelezando a sua resposta, ás vezes até mesmo alterando a reação.
  • agora, tente a aplicação do movimento. Pode ser uma técnica de defesa-pessoal com um parceiro ou um movimento sozinho, como uma flexão de braços ou um agachamento. Apesar de ser uma técnica intencional que voce quer fazer, note que vão ocorrer variações em cada repetição. Voce provavelmente nunca vai fazer duas flexões idênticas ou desferir dois socos idênticos. Quanto mais variações você adicionar em qualquer coisa que você faça, mais orgânico e original cada repetição vai naturalmente se tornar. Por exemplo, se você ficar socando enquanto anda para trás descendo um lance de escadas, você vai notar muitas variações em cada repetição.
Até mesmo esse simples exercício reafirma que o combate é caos. Estou cravando esse prego bem fundo porque é um tema muito importante. Independentemente de sua ideologia, não importa como você se prepare, no final, todo guerreiro precisa encarar a realidade que a violência carrega consigo um infinito número de variáveis. Uma vez que não existe uma maneira de prever como um inimigo vai atacar, não existe uma técnica ou um método que possa garantir a sobrevivência. A história tem nos mostrado, a chave é a adaptação.
Eu vou iniciar esse manual com uma simples crença que é, que cada um que ler esse manual tem crenças e valores diferentes, mas somos todos limitados por um mesmo, e fundamental objetivo- nós somos guerreiros que querem se preparar melhor para a realidade e pressão do combate e da vida em geral. É por isso que estamos lendo esse livro. Portanto, eu peço que você reafirme essa simples verdade:
Estar preparado para o stress de combate é sua responsabilidade. Ninguém fará isso por você. Existe ajuda e suporte disponíveis durante a sua preparação- esse manual certamente será como um mapa- mas no final, a obrigação de fazer essa escolha e seguir adiante, é somente sua. Como veremos nas próximas páginas, nem mesmo nossos instintos podem fazer essa tarefa por nós – me desculpe se estourei algumas bolhas, se alguns de vocês estavam esperando que seus instintos naturais te livrassem dessa.
Exercício 2 – Você está pronto para a mudança?
  • Pegue um momento para você e faça as seguintes 3 perguntas. Isso é importante, então, por favor considere profundamente cada pergunta, uma de cada vez e esteja certo de suas respostas antes de continuar:você acredita que é possível mudar o seu comportamento e melhorar suas habilidades para defender-se em todos os aspectos de sua vida?
  • se sim, você gostaria de melhorar as habilidades essenciais para defesa pessoal?
  • se sim, quão logo você gostaria de sentir essas melhorias?
Se você respondeu algo diferente de:
  • Sim, você acredita que é possível mudar o seu comportamento e
  • Sim, você gostaria de melhorar suas habilidades de defesa pessoal e você está pronto para sentir essas melhorias logo ou agora....
...então, talvez esse manual não seja capaz de ajudá-lo. Primeiro você? Deve pegar um momento e determinar quais sãos seus reais objetivos e o que o motiva a se dedicar ao seu treinamento de defesa pessoal. No outro lado se você realmente acredita que é possível melhorar e mudar seu comportamento e você está pronto para sentir essas mudanças agora, então vou lhe mostrar como suas únicas limitações são suas expectativas.
Você tem em mãos um esquema para sua própria evolução nesse instante. Esteja preparado para a mudança.
“A menos que você de o seu melhor, um dia chegará quando, cansado e com fome, você irá se deter muito próximo da missão que lhe foi ordenada, e por se deter você terá tornado inútil o esforço e a morte de milhares.” (General George S. Patton).

 Texto encontrado em: http://www.systemabrasil.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=50:responsabilidade-do-combate&catid=30:artigos&Itemid=56

Provérbios do Jeet Kune Do

"A economia e a simplicidade são as chaves dos movimentos do JEET KUNE DO."

"JEET KUNE DO não dá voltas, não toma desvios. Segue uma linha reta para o objetivo. A simplicidade é a distância mais curta entre dois pontos."

"As defesas não precisam ser fortes; apenas o suficiente para evitar o ataque. Em JEET KUNE DO, evitar é tão eficiente quanto bloquear."

"JEET KUNE DO: Nenhum caminho por caminho; nenhum limite por limite!"

"Um bom praticante de JEET KUNE DO não opõe força nem cede completamente; é maleável como uma mola; é o complemento e não a oposição à forca do oponente. Não tem técnica; faz da técnica do adversário sua técnica. Não tem desígnio; faz da oportunidade seu desígnio."

"O objetivo a ser desenvolvido não é realmente nada de especial. É meramente a simplicidade, a habilidade de expressar a técnica mais adiantada com o mínimo de esforço. Sofisticar não é ornamentar. Eu ensino o estilo LEE JUN FAN. Ele não é um estilo e também não é um esporte. Ele é defesa pessoal."

"Aproxima-se de JEET KUNE DO com a idéia de dominar a vontade. Esquece a vitória ou a derrota; esquece o orgulho e a dor. Deixa teu adversário arranhar a tua pele e esmaga a carne dele; deixa-o esmagar a tua carne e fratura-lhe os ossos; deixa-o fraturar teus ossos e tome a vida dele! Não te preocupes em escapar ileso; deixa tua vida diante dele!"

"Rolando as mãos tanto em harmonia quanto em contraste, os praticantes cultivam a energia fluente."

"A verdadeira observação começa quando o indivíduo esta além dos sistemas."

"Um mestre realmente bom jamais é doador da verdade e sim um guia, um apontador da verdade que o aluno terá que descobrir por si mesmo. JEET KUNE DO é simplesmente um termo, um rótulo para ser usado como um barco que se usa ao atravessar um rio , o qual se deve descartar ao chegar do outro lado e nunca mais trazê-lo às costas."

"Absorva o que é útil. Rejeite o que é inútil. Acrescente o que é especificamente seu. O homem, criador individual, é sempre mais importante que qualquer estilo ou sistema estabelecido."

"Para mim, o aspecto extraordinário das artes marciais está em sua simplicidade. O modo fácil é também o modo certo. Quanto mais próximo do verdadeiro caminho das ARTES MARCIAIS, menos desperdício de expressão haverá."

"Como a água, um combate não pode ter forma definida."

"Para compreender as técnicas físicas você deve aprender que elas contêm uma porção de movimentos coordenados. Isso pode parecer bastante desajeitado para você, porque uma boa técnica inclui mudanças rápidas, grande coordenação e velocidade. Colocar a essência, o coração das ARTES MARCIAIS em seu próprio coração e tê-la como parte de si mesmo, significa uma compreensão total e o uso de um estilo livre. Quando obtiver isso, saberá que não existem limitações para você."

"Antes que eu estudasse a arte, um soco para mim era apenas um soco, um chute era apenas um chute. Após estudar a arte, um soco não era mais um soco, um chute não era mais um chute. Agora que eu entendo a arte, um soco é apenas um soco, um chute é apenas um chute..."

"Qualquer técnica, por mais valiosa que seja, torna-se um mal quando a mente fica obcecada por ela."

"Socos e chutes são ferramentas para matar o ego. As ferramentas representam a força de direção intuitiva ou instintiva que, ao contrário do intelecto ou do ego complicado, não se divide, bloqueando a própria liberdade. As ferramentas movem-se para diante sem olhar para trás ou para os lados."

"Em sua liberdade original, o indivíduo utiliza todos os meios e não se restringe a nenhum; usa quaisquer técnicas que sirvam a finalidade que tem em mente. Eficiência é tudo que importa."

"Nenhuma natação simulada em terra os preparará para a água. O melhor exercício para a natação é nadar. O melhor exercício para o JEET KUNE DO é a luta real."

"Deixa de pensar como se não estivesses deixando. Observa as técnicas como se as não observásseis. Não há ensinamento fixo. Tudo o que posso lhe dar é um remédio certo para uma indisposição determinada."

"Quando o indivíduo alcança maturidade na arte, terá adquirido a forma amorfa (sem forma). Torna-se como o gelo dissolvendo na água. Quando não se tem forma, pode-se ter todas as formas; quando não se tem estilo, pode-se ter todos os estilos."

"Aprenda o principio, absorva o princípio e dissolva o princípio. Em resumo, obedeça ao princípio sem se tornar limitado por ele."

"A confiança nasce do conhecimento."

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Tao do Jeet Kune Do

O Tao do Jeet Kune Do é o livro que expressa o ponto de vista e a filosofia de Bruce Lee (1940 mdash; 1973), e foi escrito após sua morte. O livro foi escrito por ele. E foi feita uma compilação por várias pessoas, baseada nas anotações deixadas por Lee, em sua maioria quando hospitalizado. O projeto para esse livro começou em 1970 quando Bruce estava impedido de praticar artes marciais devido a um problema nas costas causado, segundo ele próprio, pelo excesso de peso e falta de aquecimento ao executar um exercício (de nome "bom dia") com barra e anilhas. Sua recuperação levaria 6 meses, em que Lee deveria passar deitado de bruços. Foi uma época muito difícil para Bruce, que era uma pessoa hiperativa.
Foi durante esse período que Bruce decidiu reunir todo seu aprendizado e técnica de artes marciais, que ele chamou de Jeet Kune Do. A junção dessas anotações seria chamada de "núcleo de anotações". Muitas delas foram ditadas por Bruce e escritas por sua esposa. Lee também possuia várias anotações sobre filosofia de combate, que pretendia utilizar em seu livro. Muitas dessas notas, dizia Bruce, eram "inspirações espontâneas" por serem incompletas e desordenadas. A combinação do "núcleo de anotações" com elas se tornaria conhecida como "O Tao do Jeet Kune Do".
Bruce pretendia terminar seu livro em 71, entretanto sua carreira nos cinemas e seu trabalho o impediram de terminá-lo. Ele também passou a se sentir inseguro quanto a publicação de seu livro, temendo que seu trabalho pudesse ser utilizado para fins negativos. A intenção de Lee no livro era a de demonstrar sua filosofia e maneira de ver as artes marciais e não um guia ou um manual do tipo "como aprender artes marciais em N passos"
Em 1975, após seu falecimento, sua viúva Linda Lee Cadwell decidiu disponibilizar as informações adquiridas por seu marido em vida. A perspectiva que havia levado Bruce a vacilar quanto a sua publicação havia desaparecido, o livro seria uma espécie de homenagem a ele. O "núcleo de anotações" e as várias notas foram organizadas por vários editores. O principal, Gilbert L. Johnson, foi ajudado por Linda Lee, Dan Inosanto e outros alunos de Bruce Lee a entender o Jeet Kune Do, pelo menos o suficiente para a coerência da organização da edição.
O livro é dedicado à: Liberdade e criatividade nas artes marciais. Linda Lee Cadwell possui os direitos do livro, que é atribuído a Bruce Lee, já que o livro é totalmente baseado em suas anotações. É importante mencionar que por não ter sido editado por Lee, apesar de todo o material ter sido fornecido por ele, o mesmo não pode ser considerado o autor do livro.


O Tao of Jeet Kune Do

domingo, 21 de agosto de 2011

O que é mais importante em Jeet Kune Do: Linhagem ou Conhecimento?
 
 
Alexander Terra
Professor 1º Grau-Mor - ABJKD
Escola Shien Tao - Sede
Full Instructor - WJKDF

Durante alguns anos, tenho observado que alguns praticantes de artes marciais têm tido muitas dúvidas quanto ao significado dos termos Representação, Autorização, Graduação e principalmente, Linhagem em Jeet Kune Do.
Aqui no Brasil, desde que a ABJKD foi fundada, muitos "instrutores", "representantes" e "autoridades" de Jeet Kune Do têm surgido, e dentre eles, muitos têm a arrogância e a prepotência de se dizerem "únicos" detentores do conhecimento em Jeet Kune Do. Alguns infelizmente se acham com conhecimento ou autoridade suficiente para isso, simplesmente por terem tido apenas um breve contato ou participado de algum seminário de 2 a 3 dias com algum ex-aluno de Bruce Lee ou qualquer outro instrutor de Jeet Kune Do de qualquer país.
Em primeiro lugar, enfatizo  novamente que a ABJKD foi fundada com o intuito de organizar, difundir e expandir o JKD no Brasil, de forma sistematizada e honesta, seguindo os conceitos, a filosofia e a metodologia desenvolvida pelo grande Mestre Bruce Lee, sem limitações ou favoritismos.
Em nenhum momento, a ABJKD poderá dizer ser a "detentora" da verdade ou mesmo a "única" conhecedora do JKD no Brasil. Isto seria muita arrogância. Conheço inúmeros Artistas Marciais sérios, que têm grande conhecimento em JKD, porém têm a humildade de nem sequer divulgarem seu nome. Alguns destes, inclusive, fazem hoje parte da ABJKD e têm acrescentado amplo conhecimento ao nosso grupo.
Estes Artistas Marciais sim, entenderam com clareza o objetivo da ABJKD aqui no Brasil: capacitar, orientar, reconhecer e certificar praticantes sérios, que têm caráter, humildade, disciplina, filosofia e que desejam ampliar seu conhecimento em Jeet Kune Do.
Portanto, em resumo, formamos um grupo que busca constantemente o aprimoramento em JKD, em todas as suas vertentes e variantes. Isto não nos limita, como Bruce Lee mesmo desejava, e faz com que todos os praticantes mantenham a mente aberta para novos conhecimentos e técnicas.
Em segundo lugar, gostaria de definir alguns termos, para que vocês mesmos possam fazer sua avaliação.
1) GRADUAÇÃO: define o nível atual do praticante, o quanto de conhecimento ele possui, qual a sua experiência marcial, etc. Dentro da ABJKD temos alguns níveis de graduação, que são medidos através de exames oficiais, de forma imparcial. Ao avaliarmos e graduarmos um aluno ou praticante, tenha a certeza de que este conquistou a graduação por seus próprios méritos, e não por simplesmente "pagar" por ela, como tenho visto, tanto dentro do JKD, quanto em outras Artes Marciais. Para ser graduado não basta apenas ostentar uma faixa. O Artista Marcial também deve possuir um "Certificado de Graduação" emitido oficialmente pela entidade que o graduou.
2) REPRESENTAÇÃO: o fato de um artista marcial ser representante de uma associação ou qualquer outra instituição, nacional ou internacional, não indica necessariamente que esta pessoa é certificada ou autorizada a ministrar aulas ou graduar através desta instituição. A representação indica que o representante trabalhará apenas como um "filtro", trazendo novos adeptos à estas instituições, que se responsabilizarão por certificar, graduar e avaliar os praticantes e adeptos. Para que um representante possa graduar um aluno, deverá também possuir um 'Certificado de Graduação" de, no mínimo, Instrutor de JKD, além de uma autorização emitida oficialmente pela instituição em questão.
3) AUTORIZAÇÃO: é o documento emitido pelas associações ou instituições, que autorizam o Artista Marcial a graduar ou formar novos alunos em nome das mesmas. Nem todo instrutor ou professor graduado possui autorização para formar novos instrutores em nome de uma instituição.
4) LINHAGEM: este termo, a meu ver, é o mais controverso de todos, afinal, o que pode ser considerado "linhagem" em Jeet Kune Do? Bruce Lee teve vários alunos, porém nem todos completaram seu treinamento ou sequer compreenderam a real definição de Jeet Kune Do. Dentre os alunos graduados e autorizados por Bruce, podemos citar somente estes quatro: Dan Inosanto, Taki Kimura, James Lee e Ted Wong.
Outros alunos não autorizados acabaram criando seu próprio método JKD e dando nomes diferentes ao seu estilo ou mesmo fundando Associações ou Federações independentes. Estes indivíduos não certificados infelizmente têm conseguido um grande grupo de adeptos e representantes por todo o mundo, como se fossem realmente autorizados por Bruce Lee a transmitir o Jeet Kune Do. Alguns chegam a cobrar valores absurdos por seus seminários e aceitam como representantes qualquer um que se disponha a pagar caro por isto.
Porém isto não é tudo, e aí vem a parte pior... Alguns praticantes de Artes Marciais participam de seminários breves (2 a 3 dias) de JKD ministrados por qualquer ex-aluno (ou não) de Bruce Lee, se auto-denominam discípulos e se definem como da "linhagem" de Bruce Lee. Um termo totalmente errôneo, pois linhagem real é como Dan Inosanto e Bruce Lee, Tim Tackett e Dan Inosanto, Jeremy Linch e Tim Tackett, etc, que treinaram arduamente por anos e anos com seus mestres.
Imaginem só se a cada seminário promovido pela ABJKD todos saíssem se considerando alunos ou discípulos de algum dos professores que ministraram o seminário? Teríamos assim  vários "representantes" e "instrutores" por aí, não? Todos com um mínimo de conhecimento adquirido no seminário e divulgando o JKD da forma mais errônea possível, pois por mais competente que o atleta seja, apenas alguns dias de treinamento não capacitam ninguém a transmitir a Arte Marcial, qualquer que seja. Isso é um grande absurdo!
Imaginem se Dan Inosanto, Ted Wong ou outro aluno tivessem tido apenas duas ou três aulas com Bruce Lee... Vocês acham que eles estariam capacitados para divulgar o JKD da maneira correta? Com certeza não...
Portanto, pessoal, pensem bem antes de colocar "linhagem" acima de "conhecimento"... O JKD deve ser estudado, praticado e aprimorado por anos de dedicação. Fujam daqueles que têm pouco tempo de prática e já se dizem "instrutores". Busquem saber sobre sua experiência marcial e verifiquem se eles estão usando a "linhagem" ou a "representação" para ganhar dinheiro fácil. Lembrem-se que "representação" não significa necessariamente "graduação".
A ABJKD busca o aprimoramento constante, o conceito de família e mantém contato com os verdadeiros profissionais do JKD por todo o mundo. Não nos limitamos apenas ao estudo do JKD transmitido por qualquer um dos alunos de Bruce, mas de todos os bons ex-alunos e praticantes que divulgam a arte de modo correto e honesto.

"Use nenhum caminho como caminho! Tenha nenhum limite como limite!"
Bruce Lee.

Observações: Texto originalmente publicado em: http://www.abjkd.com.br/artigo/72

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Novo Local de Treinamento.

A todos de Colatina e Região que se interessarem a Equipe Adriano Dutra de Jeet Kune Do está agora treinando em um novo espaço junto a Academia Mult-Fight.
Maiores Informações pelos e-mail: ceodcolatina@gmail.com

Treinos as Segundas e Quartas-feiras.
Horário: 19:00 às 20:30.